domingo, 31 de janeiro de 2016

Que belo treino por Santa Justa



Por: Helder Rocha


Hoje foi dia de um treininho pelo meu quintal com a companhia do meu amigo Bruno Santos, 4º classificado no trail rarissimas em Valongo.

Treino intenso com 3 grandes subidas incluindo e para terminar o famoso elevador... total de 1098 D+.

A serra de Santa Justa tem tanto de espectacular como dura e perigosa com os seus vários "poços" não sinalizados. É preciso um cuidado redobrado.

Gostei de ver a serra com muitas pessoas, desde atletas a caminheiros a aproveitar uma manhã de Domingo que acordou muito farrusca! Muito melhor do que ficar na cama!

Tive até direito a um grande malho, mesmo a terminar. O meu joelho esquerdo ficou com uma cara nova. Resolveu fazer um "make up"... 

Aqui fica o link do nosso treino:



Boas corridas!!!


domingo, 24 de janeiro de 2016

Calendário 2016!


Por: Helder Rocha


E agora para 2016?

Janeiro já esta no final e ainda não tenho uma programação definida por completo para este ano.

De momento, com certeza, só está preenchido o último quadrimestre com as seguintes provas:

25 Setembro - 55 km Ultra trail Serra D´Arga


6 Novembro - Maratona do Porto



Em estudo estão as seguintes:



Trail da raposa  - Maio



Hajam pernas!!!


Boas corridas!







terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Meia Maratona de Viana - A crónica!


Por: Helder Rocha


"O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades"
Vinicius de Morais 

Inscrevi-me para esta meia maratona, a minha terceira, com dois objectivos. O primeiro seria bater o meu RP conquistado na meia maratona de Ovar. O segundo era baixar a 1H25.

Sábado à tarde começaram as complicações intestinais, com cólicas e dores de estômago que me deixaram preocupado com a prova de domingo. À noite, altura de jantar em casa de uns amigos, tentei resguardar-me mas a ementa era extraordinária, sendo complicado gerir as sensações entre comer e não comer, beber ou não beber. Que se lixe, o mal estar intestinal parece que tinha desaparecido e pude desfrutar do excelente jantar e com excelente companhia.

Deitei-me tarde, acompanhado de chá, sabendo que dai a nada teria que me levantar para partir cedo para Viana.

A manhã acordou fria e sem o brilho do sol. Talvez por isso a minha parte digestiva resolveu lembrar-me que existia obrigando-me a um sprint, sem aquecimento (;)) para o Wc. Não estava fácil.

Pensei, seriamente em ficar em casa... Tomo um guronsan e passado uns minutos tento comer alguma coisa para e... novamente wc.

Insisto e pelas 8:00 partimos para Viana. Cedo porque era necessário proceder ao levantamento do dorsal. A minha barriga parecia uma orquestra sinfónica, cheia de tons graves e agudos...

O levantamento do dorsal ocorreu de forma tranquila, sem filas. Estava um frio de rachar, um pouco de vento.

Como uma banana e como era cedo fomos até um café, repleto de atletas. Decido tomar um café (que estupidez...) no meio daquela confusão e passado uns minutos mais um sprint para o wc. Ups ocupado... e agora? venho cá fora e avisto os wc públicos e foram a minha salvação!!! Bati o record dos 50 metros barreiras;)

As bolas do Natário ficariam para outra altura...

Pelas 10:00 dirigi-me até à zona de partida onde tentei fazer um aquecimento mas passado uns segundos ligam-me os meus amigos de prova e ao vermos os atletas a dirigirem-se a toda a pressa para a partida, e como não queríamos partir muito atrás, fomos, também, para lá.



O ambiente era de festa. A vantagem de estarmos assim todos "juntinhos" é que o frio desaparece por instantes dando lugar ao calor humano!





10:30 em ponto é dada a partida e os primeiros metros, como sempre são muito complicados. Demoramos 16 segundos a ultrapassar o pórtico e com muita dificuldade tentei arranjar algum espaço para poder correr um pouco mais rápido.


Tinha combinado com o meu amigo Tiago que os 1ºs Km tentaria fazer a 4:00 o km, mas talvez pelo entusiasmo o ritmo era muito elevado, sendo até o 2º km feito a 3:40. 
As dores de barriga parece que tinham desaparecido, o ritmo estava muito alto para o meu gosto, os primeiros 5 km feitos em 19 minutos e opto por deixar partir o super Tiago e tentar encontrar um ritmo que me fosse mais favorável. Aquele homem parece uma bala!!!

O percurso começa a ficar mais duro, com uma subida que nunca mais acabava e passo os 10 km com o tempo de 39:19. Na meia de Ovar passei os 10 km com 40:22 por isso estava no bom caminho. 

Começo a ficar com fome, talvez por não ter conseguido alimentar-me em condições, e tomo um gel antes do segundo abastecimento. Passado uns minutos começo a sentir um forte desconforto abdominal, as dores tinha voltado e dou por mim a olhar em volta à procura de wcs naturais num terrível esforço para me distrair e esperar que o mal passasse. Faço o meu km mais lento (4:22) nesta altura. 

A juntar a isto tudo começam a doer-me os gémeos, parece que tinha duas pedras enormes em cada perna... nunca me tinha acontecido. Provavelmente estaria a ficar desidratado.



Sigo ao ritmo entre  4:05 - 4:10 e olhando para o relógio vejo que, mesmo assim, talvez  dê para melhorar o meu Rp. Fico na dúvida se conseguirei baixar da 1:25.



Tento forçar mais um pouco mas não dá. Não seria certamente hoje que essa barreira seria derrubada. Faço o último km com grande sofrimento e corto a meta com um novo record pessoal - 1:25:23. Menos 23 segundos do que em Ovar.

Quero dar os meu parabéns aos meus dois colegas de prova. O Vítor que também bateu o seu Rp e ao Tiago, que na sua 1ª meia maratona faz um tempo abaixo de 1:20!!! Este homem começou a correr à uns meses...onde vais parar Tiago? Grande atleta!

Quanto à organização foi fantástica. Percurso bem sinalizado, com marcações ao km e bastante agradável, com muito público em algumas zonas.

Certamente que, se puder, voltarei para o ano!


Boas corridas!!!





terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Trail da Filigrana 25 km - Dureza na lama


Por: Helder Rocha


O dia começa com alerta laranja após uma noite de intensa chuva. Consultei a página de prova para ver se havia novidades e estava tudo ok. Alguns comentários mais pessimistas, ou porventura mais prudentes aconselhavam a adiar a prova. Tarefa difícil para a organização que, a meu ver agiu de forma correcta ao não adiar a prova.

Quando nos inscrevemos numa prova que se realiza em pleno inverno temos de estar conscientes que o mau tempo é uma forte possibilidade. Cabe a cada um a decisão da atitude a tomar, quer em participar ou não, quer na forma como vai encarar a corrida, com maior ou menor prudência.

Estavam inscritos cerca de 1300 atletas, distribuídos pelas diferentes provas, 25 km (+/- 250), 15 km (+/- 800) e os restantes na caminhada.

Próximo das 9:00H efectuo um pequeno aquecimento para combater o frio que estava a fazer-se sentir na altura.



Entretanto somos informados pela organização que o início da prova sofrerá um atraso de 30 minutos porque, como tinha chovido muito de noite uma parte do percurso alagou e estavam a marcar um trajecto alternativo. Noticia nada agradável para quem estava à espera debaixo de um temporal. Toca a recolher e aproveito para tomar um café.

Pelas 9:30 vamos para a zona de partida, e apesar da chuva e frio o ambiente era de diversão.





Começa a chover copiosamente e passado 10 minutos é dada a partida.



Começamos por efectuar uma pequena volta ao jardim e de seguida passámos outra vez pela zona da meta, onde houve um duro :) sprint pela vitória.





Entrámos depois nos trilhos que nos levariam até à estrada D. Miguel. O ritmo estava bastante elevado e tento encontrar um andamento que me fosse mais favorável porque sabia que o percurso era duro, com cerca de 1000 D+ e outro tanto de D- e com esta chuva o piso estaria cheio de água, lama e sobretudo muito escorregadio.

Percurso muito acidentado e técnico, mesmo como eu gosto, cheio de cursos de água e com belas cascatas


que tinham que ser atravessadas com todo o cuidado para não sermos arrastados pelas correntes!


Até cerca do km 8 o percurso era igual nas duas distâncias, sempre com descidas íngremes e subidas relativamente curtas mas muito acentuadas e que, associado ao piso escorregadio, aumentava muito o grau de dificuldade.

Chegados à zona de separação dos 15km com os de 25km, entramos numa zona de trilhos muito divertidos e que até me fizeram esquecer do que ainda estava para vir... 

Quando analisei a altimetria do percurso, por volta do km 12 havia uma grande subida. Mas como a organização fez algumas alterações de última hora, passei pelo km 12 sem vislumbrar a dita. Mais um km de trilhos e nada... fixe pensei, devem ter abdicado da subida devido ao mau tempo. Entro numa curva e olho à esquerda e minha nossa senhora o que é isto???

650 metros de subida cheia de calhaus e pedras soltas com cerca de 33% de declive...passar dos 50 metros de altitude para 270??? 

Demorei 16 longos minutos a ultrapassar esta parede. Estava um frio intenso lá em cima, bebo um pouco de isotónico e sigo para a descida, num piso muito irregular e escorregadio, com cerca de 1 km apenas travada por pequenas subidas íngremes, daquelas que dão cabo das pernas!   

Chegado à ponte que atravessa o rio Ferreira, praticamente inundada, é altura da junção do trail curto e longo no mesmo percurso. Passo pelo último abastecimento que estava repleto com atletas do trail curto e antes de entrar na subida está uma placa a informar que faltam 5 km para a meta. 

Esta parte do percurso foi, como sempre nestas situações, complicada de ultrapassar porque, em trilhos tão estreitos e técnicos, passar por atletas que vão com um ritmo menor torna-se cansativo. Chego a uma altura em que opto também por caminhar um pouco, aproveitando para descansar e recuperar o fôlego para a parte final.

Chegado à ETAR, que estava inundada, é altura de tomar um banho de barro e lama, com água gelada pela cintura, numa luta para progredir uns 50 metros para chegar ao outro lado.


Faltavam cerca de 3 km para a meta e encontro uma subida com 1 km e cerca de 20% de inclinação. 7 minutos depois este km virou passado e chego a uma zona enlameada e com uma pequena subida com umas cordas. Vejo muitos atletas numa luta entre a lama, a subida e as cordas e aguardo pela minha vez, ansioso de me agarrar às ditas e trepar por aquele monte de lama.

O simpático Alexandre da Foto Conquilha estava lá para eternizar estes momentos para a prosperidade!


  
A partir daqui era praticamente sempre a descer até à meta. O trajecto estava com muitos atletas do trail curto, tento correr onde conseguir e o máximo que puder até chegar aos últimos 500 metros que são a subir e num último esforço, debaixo de um dilúvio entro na recta da meta, onde está a minha querida mulher aos pulos a gritar parabéns, és o maior ;)) (isto fui eu que inventei;)) e termino ao fim de 2:29:35.

11ª lugar na geral e 5º lugar no escalão sénior M.

Os meus colegas da equipa Douroconta Trail Team, que participaram no trail curto conseguiram um honroso 3º lugar por equipas e, mais uma vez, subimos ao pódio para receber o merecido troféu.



Com o frio que estava e com todo o desgaste provocado pela prova era altura do necessário fast recovery para potenciar a necessária recuperação muscular!


Parabéns!!!


Quanto à organização penso que pecou na ausência de segurança em algumas partes do percurso que com estas chuvadas estavam realmente perigosas. Para muitos atletas, atravessar a 1ª cascata com aquela corrente não iria ser fácil sem ajuda, por ex. Sei que no regulamento informa que devemos estar preparados para enfrentar condições adversas, mas na minha opinião mais vale prevenir que remediar e, atendendo que o trail está cada vez mais na moda, a presença de novos atletas, que experimentam pela primeira vez o trail é uma constante, são situações a reflectir e corrigir numa próxima, assim como melhorar a qualidade dos abastecimentos. Presenciei muitos atletas, que chegaram mais tarde, a dirigirem-se ao abastecimento final e encontrar apenas as mesas vazias...

Um ponto forte foi a simpatia de toda a comitiva da organização, desde dirigentes a voluntários foram sempre muito prestáveis.


O percurso escolhido foi fantástico e com a chuva ainda ficou mais bonito, com cascatas e riachos cheios de água o que aumentou a espectacularidade da prova.


Termino relembrando que Gondomar foi eleita a cidade europeia do desporto 2017!




Boas corridas!!!

Helder Rocha






quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Barras energéticas com chocolate preto


Por: Patrícia Ferreira


Esta é uma receita óptima para dar a energia que necessitamos para provas e/ou treinos. Muito mais saudável e económica do que as barrinhas energéticas que se compram nas lojas. Podem variar um bocadinho nos ingredientes para conseguirem sabores diferentes.



Ingredientes:
– meia chávena de amêndoas ou avelãs com pele
– 1 quadrado de chocolate preto picado ou 2 colheres sopa de cacau

– 14 tâmaras
– meia chávena de flocos de aveia
– meia chávena de coco ralado
– 1 colher de chá de canela

Triture as amêndoas ou as avelãs no triturador por alguns segundos até obter um pó granuloso.
Junte o chocolate preto picado e as tâmaras e triture mais um pouco.
Adicione a aveia, o coco e a canela e triture durante mais alguns segundos até obter uma textura granulosa e húmida.
Forre o fundo de uma forma rectangular com película aderente.
Deite a mistura, cubra com a película e prense com a palma da mão.
Guarde no frigorífico e corte as barrinhas do tamanho que desejar.
Consuma dentro de 7 dias.

Bom apetite!!


Bibliografia: "Cozinha Vegetariana para quem quer ser saudável" de Gabriela Oliveira,                                      Arteplural Edições 






Dra. Patrícia Ferreira
Nutricionista, que tenta aliar sempre o exercício físico a uma alimentação equilibrada. Defende a máxima de que "Nós somos aquilo que comemos!"
pspmferr@gmail.com

domingo, 3 de janeiro de 2016

2015 - Retrospectiva do 1º ano de corrida


Por: Helder Rocha


E desde que resolvi começar a correr já passou um ano. 2015 ficou para trás cheio de boas memórias e objectivos alcançados com provas de trail e de estrada, felizmente quase todas do meu agrado e que me deixaram boas recordações!

Como já vos tinha referido algures iniciei-me na corrida em Setembro de 2014, sendo a minha 1ª prova a São Silvestre do Porto no final de 2014. 

Com treinos fundamentalmente curtos, nunca passando os 20 Km e só por uma vez, comecei o ano de 2015 com uma vontade enorme de experimentar o trail.

Em Janeiro resolvi inscrever-me no Trail de Santa Iria, versão de 37 Km. Revelou-se uma loucura escolher esta distância, não estava minimamente preparado para percorrer um
-trail duríssimo com 1800 D+ e com mais dois Km de bónus e que terminei com 6 horas e 24 minutos todo partidinho!!!
Um trail espectacular muito bem organizado e que aconselho a experimentarem.

Em  Fevereiro não fiz nenhuma prova. Estive a recuperar;) as mazelas da prova anterior!

Em Março estava no calendário a corrida do dia do pai. 10 km para ver como estava a máquina, Correu muito bem, dia magnífico e com muito sol. Contava fazer abaixo de 45m e terminei com 41:10. Fiquei muito contente mas dei tudo o que tinha na altura.

Em Abril estava destinado mais uma loucura - Trail de Lagares versão 42 km com 1850 D+. Prova espectacular, superiormente organizada pelos amigos do pedal, com alguns abastecimentos como eu nunca vi até hoje. Ficou marcada pelo maior trambolhão que dei até hoje logo no km 4 ficando com os joelhos em misero estado mas que, mesmo assim concluí relativamente bem com 6 horas e doze minutos terminando no 42º lugar em 105 participantes.

Em Maio participei no Trail Póvoa de Varzim, prova caseirinha, 27 Km e 700 D+, com alguns problemas de marcações e também nas classificações onde aconteceram alguns enganos que de certeza serão resolvidos nas próximas edições.

Em Junho estava na altura de me estrear numa meia maratona. Para isso escolhi a Meia Maratona DouroRun. O percurso era meu conhecido, pela marginal do rio Douro até Zebreiros retornando pelo sentido oposto até à meta. Percurso aparentemente plano mas com algumas subidas que poderiam fazer mossa, aliado ao calor que estava nesse dia. O objectivo para esta prova era fazer menos de 1:45. Terminei com 1:35:55, o que me deixou extremamente feliz e já a pensar na próxima meia maratona para tentar baixar da hora e meia.

Em Julho e Agosto não participei em nenhuma prova. Foi o nascimento deste blogue!!!

Em Setembro era altura de iniciar a preparação para a Gerês Marathon. Como também é necessário competição participei na Gaya Legendary Running, prova muito dura pelas ruas da Afurada com um excelente ambiente.


Em Outubro, uma das provas que mais me marcou até hoje - Meia Maratona de Ovar, onde estava decidido a atacar o meu RP e baixar da 1:30. Como podem ler na crónica adorei esta prova. Terminei com o tempo de 1:25:46 e extremamente feliz.



Em Novembro duas provas. A primeira, na minha terra - Trail das Nozes muito bem organizada pela equipa do grande Luís Pereira.



A segunda, Gerês Marathon, o meu grande objectivo para o final do ano. Amei esta prova. Foi verdadeiramente espectacular, pelo ambiente, pelo percurso, pela organização, por tudo. Adorei até as dores com que fiquei nos dois dias seguintes à prova!!!


Em Dezembro, pensando eu que as minhas alegrias desportivas do ano 2015 tinham terminado, participo pela recente equipa Douroconta Team Trail na 1ª edição da São Silvestre de Gondomar, onde defini como objectivo bater o meu RP nos 10 Km e baixar dos 40m. Terminei com 38:09 e com um segundo lugar por equipas, subindo pela primeira vez ao pódio!



E assim foi 2015! Venha o próximo:)


Boa corridas!